
Noronha, eu não sabia o quanto precisava voltar até sentir novamente o seu vento no rosto e os pés tocando a sua areia.
Depois de tantos anos, a vida me trouxe um presente inesperado – uma chance de te rever.
E, mais do que isso, a prova de que existem pessoas que nos amam tanto a ponto de nos surpreender de formas que jamais imaginaríamos.
Voltar foi como abrir uma gaveta de memórias que estavam guardadas, mas nunca esquecidas.
Os sons das ondas quebrando, o cheiro do mar misturado à brisa salgada, os sorrisos dos amigos que me receberam de braços abertos…
Em cada detalhe, reencontrei uma parte de mim que ficou aí. Uma Adriana de outros tempos, que a correria da vida quase me fez esquecer.
Noronha tem esse dom. Nos ensina a desacelerar, a sentir, a sonhar de novo. Nos convida a olhar para dentro e nos reconectar com quem realmente somos. A me permitir viver o presente sem pressa, agradecer sem motivo aparente, simplesmente pelo privilégio de estar ali, inteira.
Sinto, mais uma vez, a certeza de que Noronha não é apenas um lugar. É um sentimento, um abraço invisível, um lembrete de que a vida pode – e deve – ser vivida com mais leveza.
Obrigada, Noronha, por sempre me receber como se nunca tivesse partido.
Com carinho, Adriana.